Morar em Paracatu é:

Morar em Paracatu é...
                                      "Maria Aparecida “Cidinha” de Freitas Neiva"

Passado, tão distante, mas tão presente...
Ruas e becos calçados de pedras
Belos casarios,
Muros de adobes entrelaçados de São Caetano,
Cheiro de zinabre no ar.

Tardes que caem manso em tom amarelo ouro
Como sempre a lembrar seu passado,
Sem pressa para o dia vindouro.

Bancos nas calçadas
E as crianças no largo da praça a brincarem
De pique esconde  pega - pega, salve a bandeirinha,
Vaga-lume Tum... Tum...
Morar em Paracatu...
Ir a Igreja aos domingos
Café da manhã com pão de queijo e bolo de domingo;
Vendedoras com rodias alvinhas a apoiar gamelas
Com produtos do São Domingos.
 Quem não se lembra do pão do Senhor Leopoldo?
“ O mais quentinho  e saboroso!”

E Dona Maria?
Que levantava cedinho e ia de porta em porta entregar!

Dr. Chiquito, homem do povo,
Por falta de dinheiro, ninguém ficava sem consultar.

Saudades da Dona Aurora...
Que ensinava o bê a bá!

Fazer compras no Nosso Empório,
Antonio Caixeiro, Dudu Rocha,
Na caderneta, para no fim do mês pagar.

O Senhor João da Farmácia Vitória,
Com atendimento domiciliar.

Fim de semana, sessão de cinema,
Vai e vem na Rua Goiás,
Pipoca do Sr. Zé não podia faltar!

Cidade Próspera seus filhos nunca desamparou.
Para esse honorável povo,
Uma nova era chegou!

É ser hospitaleiro do jeito mineiro,
Saudoso ás vezes, porém,
Sempre um povo altaneiro.
Tem no passado referência histórica
E no presente, a construção
De um futuro promissor.

Faz jus ao jargão: “Atenas Mineira!”
Cidade universitária se tornou!

Administração com visão de futuro,
Comércio diversificado,
Casas modernas,
Praças e ruas embelezadas,
Contraste perfeito que o artista imaginou.

Paracatu de encantos mil!
Para os que chegam,
Temos aconchego
E a certeza que aqui é o seu lugar!

INVENTÁRIO CULTURAL

DE

PARACATU



SUMÁRIO

HISTÓRIA

II.PATRIMÔNIO HISTÓRICO

O Sant’Anna
As Igrejas

Igreja de Sant’Anna
Igreja de Santo Antônio da Manga de Paracatu (Matriz)
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos Livres
Igreja Presbiteriana Central
Igreja de São Sebastião do Pouso Alegre

Museu Histórico de Paracatu Pedro Salazar
Casa de Cultura
Largo da Jaqueira e Rua do Ávila
Academia de Letras do Noroeste de Minas
Arquivo Público Municipal Olympio Gonzaga
Chafariz da Traiana
Passo da Paixão
Patrimônio Arquitetônico do Núcleo Histórico
Edificações Coloniais tradicionais
Edificações Ecléticas
Edificações Art Decó
Edificações Protomodernas
Edificações Modernistas
Edificações Neoclássicas

Seminário João XXIII (Chácara dos Padres)
Beco do Seu Candim
Escola Afonso Arinos
São Domingos
Lagoa de Santo Antônio
Casa dos Amaros (Bairro Paracatuzinho)


ARTE E CULTURA.
Artesãos e artistas plásticos
Culinária
Músicos

3.1 Sociedade Corporação Musical Banda Lyra Paracatuense
3.2 Coral Stella Maris
3.3 Orquestra de Viola “Aedos e Violeiros”
3.4 Grupo Tambores de Paracatu
3.5 Grupo de Dança Afro
3.6 Dança do Balaio
3.7 Ballet Corpus
3.8 Stúdio Dança

Grupos teatrais
4.1 Grupo de Teatro “Pés no Chão”

Manifestações religiosas, culturais e cívicas
5.1 Semana Santa
5.2 Festa de Santa Cruz
5.3 Trezena de Santo Antônio (Padroeiro da Cidade)
5.4 Novena e Festa de São Benedito
5.5 Hallel
5.6 Festa de Nossa Senhora do Carmo
5.7 Festa do Senhor Bom Jesus
5.8 Festa de Nossa Senhora d’ Abadia
5.9 Festa de Nossa Senhora da Aparecida
5.10 Coroação de Nossa Senhora
5.11 Caretagem
5.12 Tapuiada
5.13 Folia de Reis e Catira
5.14 Catira
5.15 Maculelê
5.16 Capoeira

Movimentos Culturais
6.1Instituto Cultural Fala Negra
6.2Fundação Conscienciarte


EVENTOS
Cine Teatro Santo Antônio
Carnafolia (Carnaval)
Carnaval de Outrora
Semana dos Cooperados
Festas juninas
Festival de quadrilha
Feijoada da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)
Feira da Cachaça Artesanal e Derivados da Cana de Açúcar
Cavalgada
Festa Agropecuária de Paracatu
Festival de Inverno da Música Brasileira em Paracatu
Olimpíada estudantil Paracatuense
Feira Literária Paracatuense
Campeonato Rural de Futebol
Desfile Cívico Militar Estudantil
Paracatu em Seresta
Mulada
Bailes Tradicionais de Paracatu
18.1 Baile das Acácias
18.2 Baile da Colheita


I.                HISTÓRIA


O interior do Brasil foi esquadrinhado pelos pecuaristas e pelos aventureiros durante todo o período colonial. Segundo o historiador Antônio de Oliveira Mello, a região Noroeste de Minas Gerais foi visitada, conhecida e perscrutada desde o final do século XVI. Ele reuniu indícios de que as bandeiras de Domingos Luis Grau (1586-1587), Antônio Macedo (1590), Domingos Rodrigues (1596), Domingos Fernandes (1599) e Nicolau Barreto (1602-1604), palmilharam esta região.
Em 1744 os bandeirantes Felisberto Caldeira Brant e José Rodrigues Frois comunicaram à coroa o descobrimento das minas do vale do Paracatu. Existem indícios de que o arraial já havia sido fundado muitos anos antes, pois a essa época já se tem conhecimento da existência de casas de morada e igrejas no local. Após essa descoberta, não surgiu no cenário das Gerais nenhuma nova região aurífera de importância. Portanto, “A última grande descoberta aurífera das Minas Gerais ocorreu no Vale do Rio Paracatu no início do século XVIII”.
A conquista da região vinha sendo estruturada há muitos anos. Em 1722, quando Tomás do Lago Medeiros recebeu a patente de Coronel de Paracatu, o direito de guardamoria e o privilégio de distribuição das datas de terras desta região, o ouro não havia sido descoberto, mas a região já era conhecida e havia a expectativa da descoberta de metais preciosos por ali. Em documento datado de 1722, era exigido dele como contrapartida pelos privilégios recebidos, zelar pela boa composição do povoamento a ser estabelecido nestas paragens:
... terá grandíssimo cuidado de que na gente com que entrar na dita conquista haja toda quietação e sossego, para o que aproveitara muito não levar em sua companhia criminosos, nem malfeitores antes pessoas que vão só a ela, não por fugirem à justiça, mas por buscar a conveniência nos descobrimentos...
Os cuidados que as prováveis regiões mineradoras mereciam das cortes portuguesas indicam a importância dessa atividade para a economia da época.
Descoberto o ouro, a atração exercida pela abundância com que este fluía de seus veios d’água contribuiu para o rápido crescimento do Arraial de São Luiz e Sant’Anna das Minas do Paracatu. Após período de grande crescimento, o arraial foi elevado a vila com o nome de Paracatu do Príncipe, em 1798, por um alvará de D. Maria (a louca).
A efêmera riqueza logo se dissipou e o declínio produtivo do ouro aluvial provocou a decadência econômica da vila. Dos tempos de glória, a cidade conservou duas igrejas construídas no século XVIII – tombadas pelo patrimônio histórico – que abrigam uma grande coleção de imagens sacras dos séculos XVIII e XIX.
A cidade retomou seu crescimento com base na agropecuária e viveu uma efervescência cultural no século XIX, da qual ainda hoje se orgulha. Desta época ainda existe um conjunto arquitetônico com características particulares e um interesse por todos os tipos de manifestações artísticas e culturais.
Em meados do século XX, com a construção de Brasília, a região tomou novo impulso e Paracatu beneficiou-se da sua situação às margens da BR 040. A transferência da capital federal para o interior do país já havia sido sugerida durante o período monárquico por José Bonifácio de Andrada, que apontou como ideal a localização da comarca de Paracatu. A modernidade chegou trazendo inúmeras transformações, que vão desde um incremento da economia até uma mudança de mentalidade que inclui novos valores, nova arquitetura e novo estilo de vida.
Paracatu conta hoje com uma agricultura altamente tecnificada, implantada em larga escala; com uma pecuária intensiva; uma exploração mineral das mais modernas do mundo; convivendo com uma exploração agrícola rudimentar de subsistência e uma pecuária extensiva. No campo da mineração, o antigo método do garimpo foi interditado.
A cidade se mantém como pólo irradiador de cultura, de tecnologia e de desenvolvimento dentro da região Noroeste de Minas Gerais e se orgulha de sua gente hospitaleira, laboriosa e da sua tradição artística e cultural.

(Texto da Historiadora Helen Ulhôa Pimentel)
Paracatu, terra de contrastes que mistura rusticidade e simplicidade com cultura e sofisticação aguarda sua visita.


I.                                        PATRIMÔNIO HISTÓRICO


1.                                                    O Sant’Anna


1.1                                                                                     O largo do Santana testemunhou o surgimento do antigo Arraial de São Luiz e Sant’Anna das Minas do Paracatu, quando chegou na região em 1733 a bandeira de Felisberto Caldeira Brant. Este bandeirante começou a explorar ouro em no veio de água que encontrou nesse lugar e pela abundância de ouro aluvião encontrada foi batizado pela pela bandeira recém chegada de Córrego Rico. Neste córrego as lavadeiras estendiam suas roupas para secar (onde eram “quaradas no sol”), boiadas passavam com os tropeiros a caminho ou voltando de Barretos e faiscadores, até o final da década de 1980, nunca deixaram de batear as areias do Córrego. Nesse Largo, alguns exemplares de edificações tradicionais ainda podem testemunhar este período de nossa história.



Atual Praça do Largo do Santana.



Antigo Largo do Santana.


Casas tradicionais do Largo do Santana.



1.1                                                                                     Havia uma tradição entre os primeiros habitantes de sempre plantarem uma paineira junto com a edificação de uma Igreja. Assim, quando foi inaugurada a Igreja de Sant’Anna em 1736, foi plantada a paineira que ficou conhecida na história como “Barriguda”. A árvore testemunhou procissões, relacionamentos amorosos, contos de “causos”, assuntos de amigos, discussões futebolísticas e políticas e fofocas que se desenrolavam debaixo de sua grande copa frondosa. Entretanto, em 15 de março de 2009 um raio aplicou um golpe fatal na árvore que não resistiu e morreu. A cidade ficou em luto pelo restante de toda semana. A notícia que mais se discutia era a perda de um dos patrimônios mais antigos de Paracatu. Mas, Dona Zizinha, antiga moradora da cidade havia preservado uma muda da antiga barriguda que no dia 17 de Agosto, Dia Nacional do Patrimônio, foi plantada no lugar da “mãe”. Foi um evento marcante que envolveu toda cidade, inclusive prefeito e vereadores.


À Direita, destaque para a Barriguda.



“Barrigudinha”: A “filha” da antiga barriguda plantada no mesmo lugar da “mãe”.



1.2                                                                                     A primeira edificação de alvenaria de Paracatu (o famoso “sobradinho do Santana”) foi construída pela família Melo Franco. Em meados do século XVIII, o português João de Melo Franco chegou ao Rio de Janeiro, onde residiu por um tempo em sua permanência no Brasil. Mais tarde, partiu para Sabará, para depois chegar a Paracatu em 1757. Aqui, se tornou proprietário de uma das maiores fazendas da região, a Fazenda do Fundão. Muito estimado pela alta sociedade, logo se tornou possuidor de grandes privilégios no Arraial de Paracatu. João de Melo Franco foi o fundador da conhecida e importante família Melo Franco no Brasil. É ele quem manda construir o sobrado no Santana. Também foi o trisavô de Afonso Arinos, o escritor brasileiro que introduziu o regionalismo na literatura brasileira.
Parte do imaginário popular afirma que foi nesse sobrado que ficou abrigada Dona Beja, a famosa “princesa de Araxá”, logo depois de ter sido raptada e trazida para Paracatu, por volta de 1815. Teria ficado também na Chácara dos Padres, debaixo da proteção do padre Melo Franco, então Ouvidor Interino da Vila de Paracatu (com quem, segundo imaginário local, teria tido também seu primeiro caso).

Antigo Sobradinho do Santana.



Foto da atual réplica do Sobradinho do Santana.




1.3                                                                                     A tradição no futebol em Paracatu começou no Largo do Santana que, em tempos passados, fazia a festa das peladas em seu chão de terra batida. Mais tarde, os primeiros times começaram a se organizar por meio das lojas comerciais da cidade que faziam campeonatos entre si. Nessa época, em meados do século XX, o vestiário do campo (que se confundia com o largo) era na casa de Loló e Rosa (que também era parteira). Não somente isso, mas de sua casa também partiam as comitivas que levavam o gado de Fifico Chaves para Barretos. Somente em 1970 foi construído o Campo do Santana Paulo Brochado, de onde saíram personalidades que ganharam preeminência regional e nacional, tais como Salvador Alves Meireles, saiu levado por Colombo (treinador) para o Cruzeiro, mais tarde foi para o São Paulo e, por fim, o “XV de Piracicaba”. Uguinho Mundim foi para Araguari, onde também estudou. Vatinho (Valter Lepesquer) foi para o time do América no Rio de Janeiro.  Outro exemplo maior desse fato foi a revelação de Dario Alegria. Em 1960 foi para Brasília Jogar Nacional Esporte Clube, depois Rabelo Esporte Clube e, por fim, foi parar na Seleção de Brasília, jogando no jogo de inauguração da Capital do Brasil com a presença de Juscelino Kubitschek e de Pelé, que havia chegado à pouco da vitória do Brasil no Mundial da Suécia. De lá, foi jogar no Vasco da Gama no Rio de Janeiro. Veio para o América logo depois, mais tarde para o Palmeiras (onde acumulou seis títulos de campeonatos disputados pelo time). Saiu do País para Monte Rei do México (time mantido e patrocinado por Frank Sinatra), voltou para Fluminense, depois Olaria, até ser vendido para o Flamengo. Depois de algum tempo foi para América onde foi campeão Mineiro em 1971. Terminou a carreira em Brasília, no time do CEUB.




1.                                                    As Igrejas


2.1 Igreja de Sant’Anna


Foi a primeira igreja a ser edificada no arraial assim que chegou por aqui Felisberto Caldeira Brant, por volta de 1733. Datada de 1736, a Igreja surpreendia o visitante pelo contraste provocado pela simplicidade exterior de sua fachada e a exuberância artística de seu interior. Foi edificada para receber brancos, nela não entravam mulatos nem negros. Olympio Gonzaga, em seu livro Memória Histórica, do início do século passado, relatou que em sua construção, foram empregados mão-de-obra baiana e portuguesa, trazidos à Paracatu exclusivamente para esse fim.
Infelizmente, foi também a primeira Igreja a ser demolida, em 1935. O descaso das autoridades e a falta de consciência de muitos da época provocou uma reação positiva em alguns moradores que despenderam seu tempo e carros (de bois) para transportarem seu altar para a Igreja da Matriz de Santo Antônio da Manga que lá se encontra até hoje.




Antiga Igreja do Santana.


Réplica da antiga Igreja do Santana



2.2 Igreja de Santo Antônio da Manga de Paracatu (Matriz)


Foi erigida pelo padre Antônio Mendes Santiago, em 1746, ao chegar em Paracatu por volta de 1744, quando deixou São Romão, na época conhecida como “Arraial de Santo Antônio da Manga” por ocasião de uma ordem de prisão expedida pelo Rei de Portugal decorrente da representação que os moradores fizeram contra ele às autoridades seculares acusando-o de ser despótico e autoritário. Foi ele quem obrigou a população a fornecer os escravos para a construção da obra.
Olympio Gonzaga fala da construção da sede do Tribunal de Santo Ofício na Igreja, inclusive referindo-se às suas instalações nos porões do templo. Conta que mais tarde foram demolidos a mando do Ministro ilustrado Marquês de Pombal, ordem prontamente atendida pelo padre José Ribeiro de Assis em 1772.
Oliveira Melo afirma ter sido grande o número de pessoas punidas pelo Tribunal. Acusações sem provas consistentes teriam sido suficientes para condenarem moradores em Paracatu. Crimes como a bigamia e o judaísmo estiveram entre aqueles que foram condenados no Tribunal.
As torturas teriam sido recorrentes. A roda de suspender o paciente com as mãos atadas, a grande altura, tendo um peso de madeira de vários quilos ligados aos pés. Debaixo de chicotadas os ossos se estalavam e desconjuntavam suas articulações. Outras vezes, o condenado era atirado dentro de uma cova de dois metros de profundidade, para mais tarde coar sobre ele cal virgem.
Até hoje, todas essas informações despertam muitas dúvidas e questionamentos, uma vez que oficialmente sabemos terem sido feitas apenas três visitas de representantes do Tribunal de Santo Ofício de Portugal na Colônia Brasileira (e, uma extra-oficial). Mas, não há indícios de que tenham passado por Paracatu, ou mesmo, edificado um lugar próprio na cidade para tais julgamentos.
A Igreja foi edificada em linhas sóbrias e de fachada austera do autêntico barroco. Nela se encontram trabalhados altares, todos em cedro, chamando-se atenção o altar-mor, que é destituído de toda e qualquer pintura. O expectador sente a verdadeira arte do artista desconhecido, pois até hoje permanecem desconhecidos para a população e pesquisadores. Mas, sabe-se que esse altar pertenceu à Igreja do Sant’Anna. Ainda podem ser admirados nela seus altares laterais e as imagens de Santo Antônio (padroeiro), São Miguel Arcanjo, Nossa Senhora da Piedade e o crucifixo do altar-mor.
É interessante ressaltar que em 1746, quando já concluída a obra de edificação da Igreja, o Mestre de Campo, Manuel de Bastos Nerva, reconheceu haver um rico veio de ouro justamente debaixo do templo. Sendo assim, propôs ao vigário Antônio Mendes Santiago, construir em outro local uma Igreja melhor e mais imponente que aquela que havia acabado de construir. A proposta não foi aceita pelo vigário e a curiosidade sobre o fato permanece até os dias de hoje.
Seu modelo arquitetônico pode ser considerado uma evolução dos partidos jesuíticos seiscentistas, sendo esta uma influência de Goiás na região. A ausência de torres e a presença de empenas triangulares são características marcantes desse modelo. Na fachada, sobressai o corpo da nave, com empena triangular, dominado pela grande portada, pelas janelas do coro e pelo óculo. As naves laterais são marcadas por volumes mais baixos em ambas as laterais. O acesso à Igreja se dá pela porta central, que conduz ao nártex sob a estrutura do coro. As duas portas laterais acessam diretamente as naves laterais. Seu interior é harmonioso, com tribunas e naves laterais interligadas a nave-mor por meio de pórticos.
Após o arco-cruzeiro, em arco pleno, está a Capela-mor entre dois corredores laterais, tendo aos fundos a sacristia. Destaca-se, no interior, o conjunto de sete retábulos, sendo os mais antigos e interessantes os do arco-cruzeiro, em estilo Joanino. O telhado desenvolve-se em duas águas sobre a nave principal e a capela-mor. A ausência da cumeeira sustentando as águas do telhado foi substituída pela estrutura de madeira conhecida como “tesouritas”, o que deu origem a um dos maiores vãos abertos de Igrejas barrocas do Brasil. O forro da capela-mor está em formato de abóboda facetada.
Na reforma de 1950 a Igreja perdeu sua escadaria, seus pilares e seu cruzeiro. Mas, a fileira de palmeiras permanece. Plantadas em sua lateral uma a uma pelo Major Demóstenes Roriz a cada vez que um filho seu nascia. Em 1962 teve sua importância reconhecida pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional, data de seu tombamento. A última intervenção para sustentação foi em 1988.
Festas realizadas: Festa de São José, Santo Antônio (padroeiro), Semana Santa e Corpus Christi. A Igreja Matriz de Santo Antônio é um dos belos monumentos da arquitetura colonial, que não pode deixar de ser visitado.




Antiga foto da Igreja da Matriz.

No centro, Igreja Catedral de Santo Antônio.



Lateral da Igreja Matriz, no primeiro plano, detalhe das palmeiras que compõe seu entorno.

2.3 Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos Livres


Foi edificada a partir de 1744, tendo como procurador da construção, o Capitão Antônio de Freitas de Almeida. Seu altar é belíssimo e ricamente trabalhado, ostentando primorosa talha em madeira. Seguindo a tradição, tratava-se da Igreja dos negros, sendo que na porta do sacramento, disfarçada em uma folha de parreira, encontra-se a representação de uma cabeça de negro. Provavelmente a Igreja esteve vinculada as Irmandades de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, cuja atividade se tem notícia ainda no final do século XIX em Paracatu. Todos os anos, no dia 29 de junho, a Igreja é tomada para ser a origem, o ponto inicial da procissão de São Benedito, a mais destacada da região. Em julho de 1922, a Igreja passou por uma reforma, a cargo do tesoureiro da Irmandade Teodomiro de Souza Dias. A torre central é fruto de acréscimo posterior.
Assim como a Igreja da Matriz, também foi construída sob o estilo jesuítico seiscentista. Originalmente, não possuía a torre central, sendo a ausência de torres e a ocorrência de fachadas com empenas triangulares as duas características marcantes desse modelo. A torre hoje domina a parte central da fachada, sendo marcada pelo telhado pontiagudo, em quatro águas, e um relógio. Também sobressaem na fachada as três portas que acessam o interior da Igreja, em vergas ogivais (fruto de intervenção posterior), as três janelas do coro, em vergas de arco pleno, além dos cunhais coroados por pináculos pontiagudos. A porta central dá acesso a uma espécie de nártex sob a estrutura da torre.
Seu interior é harmonioso, com espaços interligados através de pórticos e arcadas. Após o arco-cruzeiro, em arco pleno, está a capela-mor entre dois corredores laterais, tendo aos fundos a sacristia. Chama a atenção o belíssimo e movimentado retábulo-mor, em talha barroca, marcado pela presença de colunas torsas, sendo uma obra de excelente qualidade. No seu interior várias imagens talhadas em madeira do século XVIII esculpidas e decoradas com dois nichos laterais e trono central em degraus.
Seu telhado, também com a ausência da cumeeira, é sustentado pelas tesouritas e o forro da capela-mor, em abóboda facetado.
É curioso notar que apesar de Nossa Senhora do Rosário ser branca e o principal nome que justificou a construção do templo, o santo e a festa de maior devoção no templo é mesmo São Benedito. A festa de Nossa Senhora do Rosário não se equipara em número de fiéis e em popularidade à festa do Santo negro. Em 1962 teve sua importância reconhecida pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional, IPHAN, quando foi enfim, tombada em nível nacional.
Igreja do Rosário para Oliveira Melo:

“A Igreja tem somente o altar-mor, que se vê emoldurado por alto arco-cruzeiro bem decorado, com capitéis e cornijas. Os capitéis das colunas que suportam o arco tem um simulacro de dossel acompanhando amplo dossel do altar-mor. O grande retábulo tem seis grossas colunas salomônicas apoiadas em mênsulas com querubins. Frontão com amplo dossel e lambrequis , motivo que se repete no alto do nicho central; ambos se apóiam em grandes volutas inclinadas. No espaço livre, dois anjos com asas apóiam a estrutura. O dossel superior é ainda encimado por frontão com volutas profusamente entalhadas, tendo no centro uma concha. O sacrário tem de original quatro pequenas colunas salomônicas, e no trono do nicho todo trabalhado em degraus está a imagem de Nossa Senhora do Rosário. Este altar não foi dourado, sua pintura original era azul sob o fundo vermelho. A cada lado do altar, entre as duas colunas internas, há um nicho.”

O Altar-mor é uma bela peça de talha dourada que remonta os meados do período setecentista, com as figuras de anjos, concheados e consolos barrocos, que foram furtadas e hoje recuperadas pelo IPHAN, bem como motivos florais. Uma intervenção para sustentação foi realizada em 1988, com orientação do IPHAN,e a última, começou com uma parceria entre a Diocese, o Município e o Instituto para restauração da edificação (ela se encontra em andamento).
As festas realizadas são: Festa do São Benedito, Nossa Senhora do Rosário e Semana Santa.


Ao fundo, Igreja do Rosário sem a torre atual, inserida posteriormente.


Igreja do Rosário em seu estilo arquitetônico original, sem a torre atual.




2.4 Igreja Presbiteriana Central

            A história da Igreja Presbiteriana começou em Paracatu com a chegada na cidade em 1884, ainda sob o período Imperial, de um missionário, o Reverendo John Boyle. Segundo as palavras de um de seus contemporâneos, o Rev. Caetano Nogueira Júnior, por ocasião da organização da Igreja Presbiteriana de Paracatu, em 02 de Julho de 1893, Boyle foi um “ilustrado Ministro do Evangelho, o primeiro que pregou a Cristo crucificado segundo os princípios santos do Evangelho nestas paragens”. Nesta ocasião, o culto foi dirigido pelo mesmo que leu e pregou sobre o capítulo 12 aos Romanos, instruindo a Igreja sobre os seus deveres cristãos.
Finalmente, vale destacar os comentários do Rev. Álvaro Reis à cerca de Paracatu: “ Paracatu dos idos de 1892 tinha uma população de cerca de cinco mil habitantes. A cidade de Paracatu é uma das cidades mais antigas do sertão. Fora fundada e desenvolveu-se rapidamente por causa da abundância de ouro que muito enriqueceu o velho Portugal. É chamada “Atenas de Minas” não só por possuir uma afamada Escola Normal, mas porque o povo, em geral, é instruído, conhecendo as línguas portuguesa, francesa e italiana e tendo extraordinária predileção pela música. Na cidade de Paracatu, pisa-se sobre ouro! Conta-se que, às vezes, pessoas arrancam a grama das ruas, levam-na para casa e, sem mais nem menos, colhem algumas oitavas do precioso  metal. Entretanto,
apesar de haver aqui alguns respeitáveis capitalistas, ainda não há mineração de ouro segundo os métodos modernos. Não há mineração nem segundo os métodos dos séculos idos!  E por quê? Porque muitas vezes há falta de iniciativa e não querem esforçarem-se os homens que podem e devem reerguer a terra que os viu nascer. Fala-se aqui que, num período não muito distante, passará por aqui a estrada de ferro e, espera-se que Paracatu reerga-se altiva e potente para caminhar na vanguarda do progresso, enchendo o nosso país do seu precioso metal. O povo de Paracatu, além de ilustrado e afável, é hospitaleiro. Estamos certos que, se a estrada de ferro ou a mineração não a levantar, o Evangelho, Poder de Deus, há de levantá-la. Salve, ó Salve, o povo paracatuense.”
(Texto baseado em livro de Edmar Lemes de Souza: “IGREJA PRESBITERIANA DE PARACATU -  Um século; uma vida; uma história” (Título provisório))
            O templo da Igreja é construído posteriormente à sua organização, em 1946. Sua fachada recebe uma influência da arquitetura eclética em Paracatu, mesmo que muito simples. Guarda o seu valor dentro do conjunto urbano da cidade e se insere dentro do patrimônio arquitetônico de Paracatu.




Templo da Igreja Presbiteriana Central.

2.5 Igreja de São Sebastião do Pouso Alegre



No final do século XIX, o fazendeiro Imeliano Silva Neiva, um dos homens mais ricos do Noroeste Mineiro manda erguer uma igreja dentro de suas terras sob a invocação de São Sebastião, do qual era devoto. No local, além de construída a Igreja também foi separado um significativo espaço para a instalação de um Cemitério. A igreja de São Sebastião, com o passar do tempo, se tornou mais que espaço religioso de meditação, preces e ritos, mas um lugar de encontro e comemorações da comunidade do antigo Pouso Alegre.
Localizada no antigo vilarejo São Sebastião do Pouso Alegre, a 35 km de Paracatu e considerada Patrimônio Histórico Municipal desde março de 1958 pela Lei n° 406. A igreja centenária foi saqueada e hoje está em ruínas. Envolta em muitas lendas, alguns afirmam ter existido em seu interior obras de autoria do mestre Athaíde e uma imagem de São Sebastião com 1,5 metros de altura.
A Diocese e os moradores de Paracatu passam a enfrentar problemas, como a restauração da Igreja que desde 1999, data da reforma realizada em caráter emergencial no telhado, encontra-se em perigoso estado de degradação. As últimas ações que aconteceram no ano de 2008 dizem respeito ao escoramento das paredes da Igreja, a cobertura do telhado com lonas, o cercamento da área da Igreja para impedir a entrada de animas e a limpeza da área próxima a edificação.





2.                                                    Museu Histórico de Paracatu Pedro Salazar


O prédio que o abriga foi construído em 1903 para funcionar o Mercado Municipal de Paracatu - Ponto de distribuição e venda de produtos rurais, transportados para a zona urbana em carros de boi, lombo de burros e cavalos.
Assim o descreveu Olympio Gonzaga em seu livro Memória Histórica:

“É um vasto e sólido edifício, construído do lado esquerdo da Cadeia, em 1903, a esforços do atual presidente da Câmara Municipal, Sr. Cristiano Pimentel Ulhoa e bem assim do Dr. Sérgio Gonçalves de Ulhoa, vereador da Câmara. Possui vastas acomodações, é abastecido de água potável canalizada e teve o seguinte movimento em 1908: Entraram no mercado – 4023 cargueiros, conduzindo gêneros diversos, exceptuando-se os de frutas e verduras. Entraram 527 carros, conduzindo gêneros alimentícios e várias mercadorias, não se falando nos carros matriculados que vão ao mercado. Foram abatidas 912 reses e 700 porcos. Entraram na cidade 955 bestas, conduzindo volumes para os negociantes e com um peso de 9550 arrobas, não se incluindo os volumes que vieram em carros. A renda arrecada pela Câmara Municipal foi de 30:259$663, sendo a despesa de 24:467$555, passando para o exercício de 1909 um saldo de 5:828$108 réis.”

No decorrer dos anos, o imóvel foi sede de várias instituições, dentre elas, a Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Educação, Inspetoria Regional de Ensino, dentre outros.
A restauração do prédio, além de recompor uma das construções do Patrimônio Histórico de Paracatu, abriga peças referentes a várias etapas da evolução e nossa cidade. ponto de atração turística  com várias fotos, documentos, artefatos de rara beleza que contam a história do município.


Local: Rua Joaquim da Silva Pereira (antiga Rua Dr. Seabra, 398,  no Núcleo Histórico de Paracatu
Fone: (38) 3671 6237


3.                                                    Casa de Cultura




A edificação é um típico exemplar do período imperial, sendo caracterizada pela volumetria simples e austera, ritmada pelos elegantes vãos que modulam as fachadas. Destacam-se ainda, os cunhais ornamentados e a cimalha frisada que contorna ambas as fachadas. As aberturas, em vergas retas, se destacam na composição, trazendo elegância e requinte ao edifício. São enquadradas madeira e apresentam sobrevergas frisadas. As quatro portas principais em seu interior são vedadas em folhas duplas, almofadadas, complementadas por bandeiras em caixilhos de madeira e vidro. As janelas apresentam vedações cegas internamente e guilhotinas em caixilhos de madeira e vidro, externamente. A restauração procurou restituir os pisos originais, em tabuado de madeira, no pavimento superior, havendo pisos em tijoleira no inferior. Há forros em madeira, encimalhados, em saia e camisa, e em esteira.
Em 1880 o prédio seria adaptado para sediar a Escola Normal de Paracatu. Fechada mais tarde, o prédio abrigou o primeiro grupo escolar da cidade, a Escola Afonso Arinos, que funcionou no lugar de 1908 a 1930. Com a construção de uma sede própria para o Grupo, voltou a funcionar no lugar a Escola Normal Antônio Carlos de 1913 a 1927, e também o Liceu Paracatuense. Mais tarde, com a construção de sua sede própria, o prédio serviu de sede para o colégio particular “Dr. Adelmar da Silva Neiva”, e por algum tempo, a escola Estadual Afonso Roquete.
O Prefeito Diogo Soares, entre 1985 e 1988, deu início a restauração do prédio. A criação da Casa de Cultura se deu através da Lei Nº 1563, de 12 de outubro de 1988 e sua inauguração a 20 de outubro de 1988. Transformou-se em Fundação Municipal Casa da Cultura “Maria da Conceição Adjuto Botelho – Dondona”, em 29 de junho de 1993, através da Lei municipal Nº1.891/93. Funciona em sede própria, em um belo casarão de estilo colonial construído na metade do século XIX, no núcleo histórico.
Desde sua criação, a Casa de Cultura sedia alguns dos movimentos culturais de maior importância da Cidade e ainda expõe trabalhos de grande beleza e importância artística. São realizadas exposições de artesanatos e artes plásticas; cursos de música, pintura, teatro, artesanatos em geral e apresentação de manifestações culturais locais, etc... Atualmente funciona também a Secretaria Municipal de Cultura.
A última grande intervenção aconteceu no ano de 2004. Depois disso, algumas intervenções pontuais foram sendo efetuadas na edificação para que a mantivesse conservada.
Local: Rua do Ávila, s/n. Centro Histórico.
Fone: (38) 36714797

4.                                                    Largo da Jaqueira e Rua do Ávila


            Região onde se encontra as mais belas e mais bem preservadas edificações tradicionais de Paracatu. O Largo recebeu esse nome por conta de um imenso pé de jaca que se encontrava ali próximo. Está inserido dentro de um pólo de concentração cultural que inclui o Museu Histórico, a Casa de Cultura, a Academia de Letras do Noroeste de Minas, a Casa do Coral Stela Maris e dos cursos de Pintura e desenho. Além das duas casas que vendem produtos dos artesãos de Paracatu. Também presente a Pousada da Villa, uma pousada colonial que faz o turista retornar ao passado colonial de nossa cidade. Dessa região também partiam jardineiras para Patrocínio e Patos de Minas. Esta rua pode ser considerada como a rua da resistência. Seus casarões têm resistido ao tempo e às intempéries firmes, imponentes e cheios de esplendor.
            O Largo da Jaqueira e a Rua do Ávila além de serem visto como lugares de maior presença das famílias políticas e tradicionais de Paracatu foi também o reduto da intelectualidade paracatuense. Vários médicos, doutores, escritores e filósofos moraram ou nasceram ali. Para ficar em alguns nomes: os doutores Moacyr Silveira Santos, Antônio Ribeiro, José Neiva, Joaquim Brochado, Joãozinho Santiago, Fortunato Botelho e Alaor Porto Adjuto; os educadores Zenóbia Vilela Loureiro, sua irmã Ana, Júlia Camargos, Márcia Roriz, Dona Maricota, Dona Carmen, Marta Brochado e Lana Santiago, as últimas ainda vivas. Como filósofos, escritores e poetas, Pero Botelho, Branca e Beatriz Botelho, além de Dona Carmen e seu Petrônio que escrevem até hoje.


EDIFICAÇÕES TRADICIONAIS DA RUA DO ÁVILA E LARGO DA JAQUEIRA


Edificações geminadas na Rua do Ávila.



Antiga residência de Luiz Santana, “ex-prefeito” de Paracatu na passagem da Coluna Prestes pela Cidade.


Sobrado de meados do Século XIX.


Pousada da Villa
Largo da Jaqueira.

Casa de Cultura.

5.                                                    Academia de Letras do Noroeste de Minas




O casarão foi construído em 1860, na Rua do Ávila, 84 – inicialmente em estilo colonial - pelo Sr. Antônio Loureiro Gomes, avô da escritora Zenóbia Vilela Loureiro. Em 1932, a frente da casa foi reformada para o estilo eclético, pelo Sr. Paulo Vilela Loureiro. Após o falecimento de D. Ana Vilela Loureiro, em agosto de 2004, através de testamento deixado pela mesma, à referida casa passou a pertencer a Academia de Letras do Noroeste de Minas.
A Academia de Letras foi fundada no dia 25/06/96 com a participação de escritores, intelectuais e pessoas ligadas ás artes e a cultura. Com o objetivo de dedicação exclusiva ao reconhecimento dos escritores e ao apoio aos novos valores literários. Diversos frutos do esforço dos acadêmicos em trabalhos de voluntariado vêm fortalecendo a Academia, como parcerias com as escolas e outros órgãos em atividades culturais e artísticas, doação de livros para instituições de ensinos, mantém intercâmbio com outras Academias, promove e organiza exposições, mostras culturais e lançamento de livros. Possui a Declaração de Utilidade Pública Federal.



6.                                                    Arquivo Público Municipal Olympio Michael Gonzaga



Passados mais 250 anos de oficialização do Arraial de São Luiz e Sant’Anna, o Arquivo Público de Paracatu abriga e conserva documentos que registram as diversas etapas da evolução política, a história eclesiástica e social do município. Rico em documentação referente aos Séculos XVII e XVIII, XIX e XX de interesse para historiadores, pesquisadores, estudantes e interessados na historiografia mineira.

Local: Rua Temístocles Rocha, 249. Centro- Núcleo Histórico
Fone (38) 3671 5632



7.                                                    Chafariz da Traiana





Existiam vários chafarizes pelo Arraial que se configurava na região do Paracatu. Um deles ficava em frente ao sobradinho do Santana, outro, em frente ao Palácio da Ouvidoria. Neles, as pessoas buscavam água para a faxina diária, as mulheres aguadeiras enchiam seus potes de barro, colocavam-no sobre a cabeça protegida apenas por um alvo pano de algodão, e percorriam o arraial vendendo água para as famílias mais abastadas. Em 1931 o prefeito Quintino Vargas construiu mais chafarizes em pontos estratégicos a fim de proporcionar mais facilidade ao acesso da água por parte da população uma vez que a cidade contava na época com apenas dois chafarizes.

Este Chafariz é um Tributo barroco colonial do artista plástico Fábio Ferrer à cidade de Paracatu concebido em homenagem aos 200 anos de elevação a Villa do Paracatu e aos 500 anos do Brasil. Homenageia em especial o período colonial do século XVIII, onde a cidade vivia a efervescência do ouro. O conjunto arquitetônico é uma obra com espírito barroco.
O chafariz da Traianna possui no alto da obra, uma mulata escrava, que a história conta, que percorria os becos despertando desejos nos fidalgos. O chafariz, com características simples, é também uma homenagem a outros chafarizes que existiam na cidade e que foram destruídos.
A data no escudo, 1798, destaca a oficialização da elevação da Vila de Paracatu do Príncipe, por Dona Maria, A Rainha da corte portuguesa. Para completar, através de uma carranca, a bica d’água de uma antiga mina da cidade, faz borrifar na terra a benção, assim como nos tempos dos tropeiros.


8.                                                    Passo da Paixão




O Passo da Paixão, singela capela da via sacra, homenageia a descoberta do ouro na região em 1744 época que já existia o Arraial de Sant’Anna e São Luiz, depois elevado a Vila.
No Passo, a pintura no teto em flandres têmpera gorda, gema de ovo com pigmentações, realizado por Fábio Ferrer, reluz a perspectiva da pintura barroca uma homenagem aos grandes pintores da época colonial em Minas como o Mestre Athayde. A pintura da parede é da artista Maria do Céu, e as esculturas dos tocheiros em cedro são de Hugo Martins, artistas natos de Paracatu.
Nas pedras capistranos e carumbés, o tempo passou, mas deixou a marca de uma época que o próprio estilo barroco insinua e que jamais será apagado de nossa memória. “Libertas quae será tamém”.




9.                                                    Patrimônio Arquitetônico do Núcleo Histórico de Paracatu


8.1 Colonial tradicional
A arquitetura tradicional de Paracatu pode ser definida pelo sistema estrutural dominante denominado “gaiola”: esteios, vigas baldrames e estruturas de telhados em madeira com vedações em adobe. Os materiais constitutivos foram aqueles abundantes na região: a madeira e o barro.
As coberturas se desenvolviam em moradas de meio quarteirão, com formato de duas águas no corpo principal, com cumeeira paralela à rua e telhados em meia água, sobre a estrutura de caibros armados com ripas assentados sobre estes.
            No acabamento externo, a maioria dos beirais em cachorrada (beiral em cachorro) possuía, à guisa do forro, pranchas em madeira, conhecidas como guarda-pó. Os beirais também podem ser arrematados por cimalhas em madeira.
            Um dos traços predominantes das coberturas de Paracatu é o uso da esteira de palha trançada, mas também encontramos forros em pranchas de madeira ou tecido esticado. Quanto aos altos pés-direitos, as portas receberam bandeiras fixas, como meio de aliviar seu peso, geralmente talhadas em madeira e vidro no fechamento.
            O vidro (produzido e exportado pela Inglaterra) passou a ser inserido na arquitetura brasileira sobre tudo a partir da vinda da Missão Francesa em 1816. Assim, percebemos em Paracatu janelas com fechamento em guilhotina com caixilharia de madeira e vidro. Além dessas janelas, temos as mais simples com a folha cega (uma única folha de madeira). Também as janelas de venezianas. Elementos decorativos distinguiam a importância das edificações, os casarões das casas mais simples, como a verga curva na parte superior da janela (via de regra, ela é reta nas casas comuns) Se tornaram símbolo de elevação da qualidade das edificações.

     EXEMPLARES DAS EDIFICAÇÕES TRADICIONAIS:


        



      

AS JANELAS:


Rua da Abadia.                 
                              

Rua Pinheiro Chagas.  

    
Rua do Ávila.                                                  

Rua do Ávila.  

      
Rua da Abadia.   
  Rua da Abadia

Beco do Seu Candinho

.                                   
Rua Dr. Sérgio Ulhoa.

8.2 Eclético


Uma das manifestações da influência do ecletismo sobre as edificações em Paracatu se apresenta sob a forma de incorporação à dita edificação tradicional, de platibandas a esconder-lhes o telhado – sobressai também a ornamentação das fachadas e alterações nas esquadrias e janelas, que tiveram uma redução nas dimensões dos marcos e o aparecimento das venezianas e do envidraçamento. Esse estilo não alterou, contudo, a volumetria e a implantação das edificações, mantendo a harmonia com as mais tradicionais. Algumas guardaram o desnível da construção com relação à calçada e o afastamento lateral guarnecido de jardim e alpendre, o qual abriga a entrada principal.

          
Rua Temístocles Rocha.       


Rua Temístocles Rocha.   

Rua Rio Grande do Sul.       






  Rua do Ávila.
           

Rua da Abadia. 
Rua Pinheiro Chagas.




8.3 Art Decó

Arquitetura mais corrente no eixo que compreende a rua Goiás, das Flores e o largo do Rosário. O art déco é do período anterior à construção de Brasília, influenciado pelas duas capitais novas e pioneiras no planejamento urbano do século XX no Brasil: Belo Horizonte e Goiânia.
            É caracterizado por formas geométricas muito precisas, sem a decoração do ecletismo.

        
Rua Américo Macedo.  


Rua Goiás.
    
Rua Temístocles Rocha. 

Rua Dr. Sérgio Ulhoa.




8.4 Protomoderno


São edificações que se enquadram dentro do período de transição entre as edificações tradicionais (em alguns momentos, ecléticas) e o modernismo. Portanto, guardam características dos dois estilos arquitetônicos.
   
Rua Samuel Rocha.

Rua Afonso Novais Pinto.
Largo da Matriz: “Casa de Fifico Chaves” (Amigo de JK).



8.5 Modernista

Influenciada pela construção de Brasília na década de 1960. Os pilotis são característicos das edificações modernistas (Rosa dona Catita), ou marquise frontal e pilotis e afastamento (como a vizinha da casa de cultura). Os telhados em telhas em fibrocimento ou lajes planas. Os vãos tendem à horizontalidade. Os materiais, geralmente vidros e metais.

     
Rua Etelvina Resende, Santana.
      
Rua do Ávila.




8.6 Neoclássico





10.                                                Seminário João XXIII (Chácara dos Padres)

O casarão do século XIX, antiga sede da Fazenda Papuda, prédio de dois pavimentos foi propriedade do avô de Afonso Arinos, e lá se instalou o Seminário diocesano João XXIII conhecido como Chácara dos Padres.






11.                                                Beco do Seu Candim


Conserva suas características originais, tortuoso e calçado em pedras. Observa-se que o calçamento é todo feito em seixos rolados (pedras lisas), sendo que o centro da rua é mais profundo, servindo de escoamento das águas da chuva. Os becos funcionavam como lugar de passagem para os escravos e serviçais em geral. À ele, era vedada a entrada pela porta da frente nas edificações tradicionais. Poderíamos compará-lo aos elevadores de serviço de hoje.



Foto antiga do Beco do seu Candim, com vista para Igreja do Rosário.


Beco do Seu Candim.

12.                                                Escola Afonso Arinos


Foi a primeira escola publica de Paracatu. Inaugurado em 1928. Recebeu esse nome em homenagem a Afonso Arinos, advogado, jornalista, professor e escritor. A fachada da edificação recebe influência da arquitetura neoclássica, percebido no frontão quase triangular, sustentado pelas colunas gregas que relembram as colunas do Partenon em Atenas. Além de alguns detalhes na cobertura e no muro frontal, com trabalhos em argamassa, que fazem uma releitura de trabalhos da arquitetura eclética.


Escola Afonso Arinos.

13.                                                São Domingos


A comunidade quilombola de São Domingos é bastante antiga, devendo estar no local a mais de duzentos anos, desde que a cidade se formou no séc. XVIII, através do ciclo do ouro. Localiza-se ao norte do município de Paracatu, no noroeste de Minas Gerais. São Domingos fica a apenas três quilômetros do centro de Paracatu, depois do bairro Alto do Açude.
Moram no local aproximadamente quatrocentas pessoas organizadas em sessenta e nove famílias. A maioria das casas estão dispersas ao pé do morro. Algumas nascentes secaram ou foram destruídas. Os riachos Santos Reis e Poções correm dentro do território histórico de São Domingos. A população aproveita sua água para consumo, mas a presença de uma mineradora na região tem tornado a vida da comunidade mais complicada.
Os moradores contam que no lugar destruído pela mineradora havia construções antigas de pedras feitas por escravos. Cachimbos e ferramentas antigas também eram muito comuns de serem encontrados ali, o que indica que havia sítios arqueológicos na área de atividade da mineradora que fazia parte do território tradicional dos quilombolas.
Segundo os moradores, existem três grupos familiares que formaram a comunidade: os Ferreiras, os Lopes e os Pinheiro. Segundo eles, os primeiros a fixar moradia no local foram Josefa Caldeira (parteira, rezadeira e conselheira) e os irmãos Loriano e Manuel Lopes que ajudaram no desenvolvimento socioeconômico da comunidade.
O nome de São Domingos foi colocado quando uma grande epidemia de febre atingiu os moradores, o que os levou a pediram a São Domingos que os socorresse. O pedido foi atendido e São Domingos se transformou no padroeiro e no nome da comunidade. A festa é comemorada no dia oito de agosto.
O quilombo goza de uma organização, tendo uma associação de moradores e outra denominada de Associação de Quilombolas de São Domingos. A proximidade com a cidade de Paracatu facilita os serviços públicos como o acesso à educação e a saúde – há agente de saúde e a visita mensal de um médico. A comunidade possui luz elétrica, telefone público e coleta coletiva de lixo mantida pelo Município.
A atividade econômica dos moradores é a hortifruticultura. O açafrão é um produto tradicional que moradores comercializam junto á produção de frango, criação de gado leiteiro, trabalho fora da comunidade (em Paracatu e na mineradora) e trabalho coletivo nos equipamentos de beneficiamento existentes no local, engenho de cana-de-açúcar com a produção de batida de amendoim, coco de indaiá, barú, pau de mamão e temperadas com gengibre, canela e cravo, além da produção dos doces: manga, mamão, laranja da terra, limão, goiaba, caju e figo. Mantém também uma olaria que produz o tijolinho queimado. Algumas moradoras realizam atividades artesanais de chapéus de palha de coco do indaiá (côco da babaçu) bordados.
A cultura quilombola ainda é latente entre os moradores e sua organização social. A Caretagem é uma típica expressão dos afro-brasileiros do noroeste mineiro. Apenas homens participam. Durante a Caretagem os homens transvestem de máscaras, fitas e roupas coloridas e saem cantando e dançando pelas ruas da comunidade e da cidade durante 24 horas ininterruptas em louvor a São João, do dia 23 para o 24 de junho.
Além dessa manifestação cultural, antigamente existia a Tapuiada, expressão artística popular de origem afro-indígena, rica de passos e com uma história simples e persuasiva. De um lado, os congos, negros de uma aldeia próxima; do outro, os tapuios, índios desconfiados da existência dos vizinhos, mas sem coragem de se aproximar.
Além da Caretagem, também existe a Folia de Reis e a Dança do Algodão, onde dançam, cantam e teatralizam a colheita do algodão na região.
A principal festa de São Domingos é a do padroeiro, realizada no dia oito de agosto.

Edificação tradicional do Povoado de São Sebastião.


Edificação tradicional de família anti-escravocrata do povoado de São Sebastião.

14.                                                Lagoa de Santo Antônio


De acordo com os historiadores e escritores Olympio Gonzaga e Oliveira Melo a Lagoa teria surgido em função da exploração do ouro no Morro do Ouro em meados de 1739 (mil setecentos e trinta e nove), apesar de haver indícios de que anteriormente a esta data moradores já exploravam ouro naquela região.
Segundo o historiador Olympio Gonzaga, no clássico da literatura regional, “Memória Histórica”, a Lagoa de Santo Antônio anteriormente nomeada por Pituba teve um período áureo durante e após o ciclo do ouro, estendendo por toda a primeira metade do século XIX. Gonzaga descreve que foi o mais próspero de todos os arraiais daquele tempo, com mais de cem casas e ranchos e mil habitantes, com diversos negócios de fazendas, médico e farmácia.
Afirma ainda que dentre as famílias que na época “davam as cartas e faziam as festas do lugar com grandes pompas” estão: a primeira família, a de Manoel D’Affonseca Silva e seus irmãos. Homem este que fazia muita caridade, a ponto de se tornar conhecido na história por tal qualidade; e além desta, foi destacado como antiescravocrata que “libertava na pia batismal as escravas que nasciam”. Manoel D’Affonseca Silva foi o progenitor do importante médico, não somente para o arraial, mas como para toda Paracatu, Dr. José D’Affonseca e Silva.
Outra grande família da região tinha como patriarca Joaquim Martins Ferreira que se casou com uma dama da família Melo Franco. Os filhos do casal passaram a assinar o sobrenome da mãe, vindo posteriormente fazer história em todo território nacional estendendo ao exterior em países como França e Portugal; mais precisamente em Coimbra.
Importantes membros da família Melo Franco descendente dos Martins Ferreira da Lagoa de Santo Antônio do Município de Paracatu, fizeram parte de movimentos significativos na história mundial, como o movimento revolucionário imperialista, que resultou na queda do Império Português.  Virgílio Alvim de Melo Franco (irmão de Afonso Arinos de Melo Franco; que foi ministro das Relações Exteriores na década de 1960); foi um político e jornalista brasileiro e também prestou apoio ao movimento tenentista de 1922, apoiou a Aliança Liberal e a Revolução de 1930. Foi um dos signatários do Manifesto dos Mineiros contra a ditadura Vargas, e um dos fundadores da União Democrática Nacional (UDN) na redemocratização em 1945, partido que presidiu.
Vale destacar Afonso Arinos de Melo Franco, jornalista, ocupante da cadeira 40 da Academia Brasileira de Letras, jurista e grande escritor brasileiro - um dos sertanistas mais famosos de nossa literatura com os contos que reuniu no volume “Pelo Sertão”. Obra esta que contêm o poema em prosa “O Buriti Perdido”, ilustre e inspiradora obra homenageada através da Praça e do Palácio do Governo Estadual Brasiliense, nomeado por Praça Buriti e Palácio Buriti. Segundo estudos tudo indica que Afonso Arinos de Melo Franco é bisneto do patriarca Joaquim Martins Ferreira da Lagoa de Santo Antônio.
Além da família dos irmãos Joaquim da Cunha, Luiz Pereira da Cunha, Zeferino Pereira da Cunha, filhos do fidalgo e abastado português mestre Manoel José da Cunha. Manoel foi um dos primeiros portugueses a chegar em Paracatu, ainda na época em que José Rodrigues Fróis (junto com Caldeira Brant, descobridor das minas de Paracatu) explorava o ouro da cidade. Manoel ao chegar contraíu núpcias com Helena Rodrigues Fróis, não vindo a ter filhos juntos. Todos os filhos de Manoel foram fruto do seu primeiro casamento.
É propício ressaltar que a Lagoa chegou a ser mais próspera que a própria cidade de Paracatu, não foram poucos os padres de renome que haviam naquela região como o senhor Carlos Francisco Soares, durante muito tempo capelão do arraial. Além de vários bons advogados, igrejas, cemitérios, edifícios coloniais, uma história que não pode se perder. Uma memória que enaltece, enobrece e exalta a identidade do povo de Paracatu.
A comunidade Lagoa de Santo Antônio fica à 15 km do centro do município de Paracatu, tem como via principal a MG188 sentido a cidade de Unaí/Minas Gerais. O acesso à cidade é facilitado pelo serviço de transporte coletivo. Existem ainda na localidade os serviços de: telefonia pública (três orelhões e sinal de rede da telefonia celular em alguns pontos), uma igreja católica (situada dentro do único cemitério local), três igrejas protestantes, uma Escola Municipal Professora Maria Trindade Rodrigues que atende a alunos distribuídos na educação infantil ao nono ano, e o EJA- Educação de Jovem e Adulto, um grupo de fanfarra juvenil e outro de flautistas - sendo este último formado apenas por meninas; um posto de saúde com presença de um clínico geral semanalmente e outro quinzenalmente, e uma enfermeira diariamente de segunda à sexta-feira; bares e um restaurante movimentam o comércio local (destaca-se a fama dos tira-gostos de coxa de frango frita, feijão tropeiro e pão de queijo do Buteco do Seu Antônio de Santinha e a galinha caipira homenageada a mais gostosa de Minas Gerais do Bar e Restaurante de Rosinha), além dos atrativos naturais (floresta e fauna) e arquitetônico (casas no estilo colonial) existentes.


Edificação tradicional da Lagoa.

Edificação tradicional da Lagoa onde no passado já funcionou a Escola do Povoado.

15.                                                Casa dos Amaros (Bairro Paracatuzinho)

A edificação que abriga a família Amaro no Paracatuzinho foi obra de seu patriarca já falecido, Benedito Cirilo, considerado um “naife de vanguarda”, por ter pioneiramente, começado a fazer arte usando materiais até então, tidos como descartáveis pela sociedade e pelo mundo artístico: o lixo. Benedito Cirilo e parte de seus filhos saiam à cata do lixo pelas ruas da cidade, às vezes à horas mortas para, em casa, organizá-los e depois transformá-los em obras de arte hoje reconhecidas como tais. Preservam mais de cem peças do patriarca da família. Seus traços lembram os detalhes artísticos da cultura do artesanato afro, visivelmente estampada na fachada de sua edificação.

Casa da família Amaro no Paracatuzinho (trabalho da fachada executado e criado por Benedito Cirilo).

II.                                   ARTE E CULTURA

1.    Artesãos e artistas plásticos
2.    Culinária
3.    Músicos
3.1 Sociedade Corporação Musical Banda Lyra Paracatuense
3.2 Coral Stella Maris
3.3 Orquestra de Viola “Aedos e Violeiros”
3.4 Grupo Tambores de Paracatu
3.5 Grupo de Dança Afro
3.6 Dança do Balaio
3.7 Ballet Corpus
3.8 Stúdio Dança


4.    Grupos teatrais

4.1 Grupo de Teatro “Pés no Chão”


5.    Manifestações religiosas, culturais e cívicas
5.1 Semana Santa
5.2 Festa de Santa Cruz
5.3 Trezena de Santo Antônio (Padroeiro da Cidade)
5.4 Novena e Festa de São Benedito
5.5 Hallel
5.6 Festa de Nossa Senhora do Carmo
5.7 Festa do Senhor Bom Jesus
5.8 Festa de Nossa Senhora d’ Abadia
5.9 Festa de Nossa Senhora da Aparecida

6.    Movimentos Culturais
6.1              Instituto Cultural Fala Negra
6.2              Fundação Conscienciarte



1.    Artesãos e artistas plásticos

Os produtos dos artesãos de Paracatu podem ser encontrados em alguns lugares que são referência na cidade ou em associações, listadas abaixo:

a.      Feira Municipal: A Feira acontece todos os sábados atrás da sede da Prefeitura no centro da cidade. Ali são expostos vários trabalhos de artesãos de Paracatu, além da culinária típica da cidade. Horário: 6h às 12 horas da manhã.


b.      Casa do Artesão: Localizada na Rua do Ávila, em frente à Casa de Cultura, na Casa são expostos os trabalhos de diversos artesãos de Paracatu que fazem parte de uma associação. Além de artesanato, o visitante também encontra ali produtos vinculados à típica culinária da região. Horário: 8h às 11h e de 13h às 18 horas.


c.      Loja de Artesanato Villa do Príncipe (Casa de Cultura): Além de exposições temporárias e permanentes de obras de artesãos e pintores de Paracatu, a Casa de Cultura também abriga uma loja com produtos da culinária típica e artesanato da região. Horário: 8h às 18h.


d.      SESC LACES de Paracatu: Mantém alguns grupos de artesãos com cursos para públicos variados. Além também de algumas exposições dos trabalhos de seus alunos. Endereço: Rua Euridamas A. Barros. Bairro Prado. Fone: (38) 36721385 e Fax (38) 36721705.


e.      Associação Quilombola do São Domingos: Associação que mantém várias tradições da culinária e artesanato de uma região tipicamente quilombola.


f.        Associação Nipo Brasileira de Paracatu: Produtos vinculados à típica culinária oriental e também artesanato tradicional feito por descendentes de japoneses em Paracatu. Rua Apolinário Alves, 400. Bairro Alto do Córrego. Fone: (38) 36712770.



FOTOS DO ARTESANATO DE PARACATU















Os artesãos de Paracatu:


1.     Adélia Peres da Silva

Matéria - Prima Básica: Malha e tampinha de garrafa.

Descrição da Produção: Pedacinhos arredondados de tecido, onde são costurados e ganha o formato de arredondado. Onde delas sai criados tapetes, descanso para mesa, bolsas, colchas e caminho de mesa.

2.     Nilda D’Abadia Alves Campos Machado

Matéria – Prima Básica: Barbante, linha, tecido e toalhas

Descrição da Produção: A nossa artesã aprendeu o ponto cruz, apenas com sua curiosidade e interesse, já outros bordados foram ensinados pela artesã Neuza. O crochê segundo ela tem mais de trinta anos que aprendeu e foi com uma amiga em Brasília na década de 70. A artesã relata ainda que para manter suas encomendas tem uma equipe de apoio onde ajudam a mesma a manter a produção.


3.     Cícera Ramos de Oliveira Duarte

Matéria - Prima Básica: Linha e barbante

Descrição da Produção: A artesã nos relata que começou a aprender o tricô em um grupo de onde a mesma só aprendeu o ponto meio tricô, devido a insistência de uma amiga a mesma resolveu tentar fazer um bolsa para colocar carteira de cigarro, com à satisfação da cliente nossa artesã começou a aprimorar seus trabalhos, daí então de uma pequena bolsa começou a confeccionar roupas, chapéus, cachecol, conjuntos infantis, ponche dentre outras.




4.     Marlene Justina Pinto da Silva

Matéria – Prima Básica: Meia de Seda.

Descrição da Produção: Segundo a artesã tudo começou quando ficou desempregada e entrou em depressão e através de noticiário na emissora de rádio local ficou sabendo do curso de meia de seda.

5.     Alcilene Schott da Silveira

Matéria – Prima Básica: Areia, cola, verniz

Descrição da Produção: Segundo a artesã seu trabalho vem sendo passado de mãe para filha, e quando aprendeu esta técnica tinha apenas 15 anos, mas desde então não se interessava pelo método ao qual havia sido passado pela sua mãe. Somente em 2005 que a artesã resolveu colocar em pratica os ensinamentos de sua mãe, cada vez mais vem se especializando na técnica com a areia, seus produtos basicamente são os quadros, trabalhos em telhas, telas, cerâmica e madeira.  


6.     Neusa Imaculada de Faria Pereira

Matéria – Prima Básica: Linhas e tecidos.

Descrição da Produção: Tudo começou há 20 anos atrás, nossa artesã nos relata que aprendeu as técnicas de bordado livres, vagonite, Hadange, bainha, crochê, ponto reto dentre outros apenas com sua curiosidade e interesse. Começou suas aulas de vagonite em 1994 devido à insistência de clientes e amigos, desde então a empresa Corrente conheceu seu trabalho e a artesã passou a dar seus cursos com o patrocínio desta empresa, sendo que desde então, além de professora, é também artesã desta empresa tendo seus trabalhos divulgados em várias editoras de artesanato a qual são ligadas as empresas Corrente.  

7.     Anísio Tarcízio Mascarenhas


Matéria – Prima Básica: Madeira e bambu.

Descrição da Produção: Segundo o artesão tudo começou com o dom que o mesmo tinha de desenhar. Depois dos desenhos começou a trabalhar com argila e fazia varias peças de cerâmicas, depois pinturas em telas e em camisetas. Após longas trajetórias e várias tentativas desenvolveu seu trabalho em madeira, daí pôr diante começou a se especializar em miniaturas e réplicas em madeira. Nos relata ainda que todo seu trabalho é feito de madeiras mortas encontradas na mata, ou em serrarias.



8.     Maria Elza dos Santos Pereira

Matéria – Prima Básica: Tintas e linhas.

Descrição da Produção: Segundo a artesã tudo começou quando ela e um grupo de amigas se juntaram para troca de experiências. Foi então que aprendeu a fazer o artesanato e se aperfeiçoou cada vez mais. Depois fez curso de pintura e hoje sua prioridade são os trabalhas em pintura e vagonite, e cachecol no tear.


9.     Maria Adelina Costa Arruda

Matéria – Prima Básica: Tecido, linha e tinta.

Descrição da Produção: Dona Adelina contou que tudo começou na escola com seus 12 anos, depois foi se aperfeiçoando através de outras amigas, daí então foi ela mesma que com todo orgulho bordou todo seu enxoval, e depois os de suas filhas. Já a pintura tem apenas três anos que a mesma vem fazendo este trabalho. Os seus principais produtos são toalhas de banho, toalha de mesa, panos de prato e aventais.


10. Nair Mendes Teixeira de Sena

Matéria – Prima Básica: Linha e o tecido.

Descrição da Produção: A artesã relatou que tudo começou quando a mesma iniciou o curso de bordado rústico com a professora Neuza, ao qual teve a duração de um ano. Ao término do curso foi convidada a trabalhar em um grupo onde o bordado principal é o ponto rústico. Desde então, os principais trabalhos feitos pelo grupo são capas de almofadas, panos de pratos, jogos americanos, saias bordadas, colchas, toalhas, dentre outras. 


11. Maria Isabel Pires dos Santos

Matéria – Prima Básica: Linha e tecidos.

Descrição da Produção: Aprendeu a bordar através de revistas, seu aperfeiçoamento veio através do momento que ingressou ao grupo de bordadeiras do ponto rústico. Hoje, os trabalhos que são feitos através do ponto rústico são almofadas, colchas, vestuários dentre outros.


12. Zander Máximo Marques

Matéria – Prima Básica: Cabaça e madeira.
Descrição da Produção: Segundo o artesão, está fazendo 05 anos que faz trabalhos com madeira, fabricando porta chaves, porta pano de prato, porta retrato, porta recados, dentre outros. Já com as cabaças, sua curiosidade em criar este trabalho veio ao observar a sua forma, com isso foi criando os pingüins, oratórios, presépios, luminárias, abajur, lustres, todos feitos dentro de cabaças.


13. Lourival Araújo Caldas Filho

Matéria – Prima Básica: Cabaça.

Descrição da Produção: Nosso artesão foi convidado para participar de uma feira em Belo Horizonte de agricultura familiar, foi nesta feira que conheceu os produtos feitos a partir das cabaças. Desde então, resolveu cultivar as mesmas para que pudesse confeccionar as peças, nos relatando que após a produção começou a patrocinar vários cursos sobre cabaça. Seus produtos são oratórios, pinturas nas cabaças, cuias, cumbucas, fruteiras dentre outros.  


14. Marina Botelho Melo Franco


Matéria – Prima Básica: Tecidos.

Descrição da Produção: A artesã relata que as peças são de sua própria criação, seus trabalhos têm entre 05 a 10 anos e os produtos são jogos americanos e toalhas de mãos decoradas.


15. Cristina Coutrim dos Reis

Matéria – Prima Básica: Palha do Coqueiro Indaiá, tecidos e linhas.

Descrição da Produção: A artesã conta que foi com seus sete anos de idade que aprendeu a fazer a trança da qual se origina o chapéu de palha. Foi sua avó quem lhe ensinou a trançar, todos os dias trançava e sua mãe costurava as tranças para formar os chapéus. Quando completou 15 anos, sua mãe lhe ensinou a costurar as tranças e formar os chapéus. A palha da qual é feita a trança é retirada do grelo do coqueiro, depois é ferventada e após esfriar, fica 03 dias ao sol e ao sereno. Após este processo, a palha já esta pronta para ser trançada.
Já o bordado um pouco foi aprendido com sua mãe, outros na escola. Participou também de um curso para se especializar e ressaltar a cultura de seu povo, ministrado pela Fundação Conscienciarte, o qual aprendeu a valorizar a sua cultura através do bordado. 



16. Ana Maria de Lima Mendes

Matéria – Prima Básica: Tecidos, bambus, lantejoulas e linha.

Descrição da Produção: Tudo começou com a criação do grupo da terceira idade, Centro Convivência Idade de Ouro. Onde a artesã juntamente com Moisés Mendes, Laís Botelho, Maria do Carmo Rodrigues de Almeida e Mozaniel formaram este grupo em prol da terceira idade, grupo sem fins lucrativos. São ministrados aos idosos cursos e confraternizações de eventos. Todos os artesanatos produzidos por eles são vendidos e a renda revertida aos idosos. Os produtos são: bolsas, tapetes, bijuterias, jogos americanos, jogos de cama, guardanapos dentre outros. 

17. Patrícia Aparecida Alves

Matéria – Prima Básica: Cola, Tinta.

Descrição da Produção: Segundo a artesã, a mesma aprendeu a técnica de biscuit através de um curso que fez na cidade de Uberlândia. Após o término do curso, se mudou para Paracatu. Ao chegar, começou a desenvolver a técnica por estar desempregada. As peças desenvolvidas são porta retratos, painéis infantis, chaveiros, objetos decorativos, dentre outros.

18. José Custódio Zeferino

Matéria – Prima Básica: Bambu, taboca, cordão de algodão e fruta de cera.

Descrição da Produção: O artesão aprendeu a técnica com o bisavô, primeiro tira as tiras de bambu e trança, amarrando com o cordão e dando formas de peneira, balaio e cestos...

19. Dirce Yoko Sassaki

Matéria – Prima Básica: Porta- guardanapo: linha de telacril, agulha, missangas e tela de plástico.

Descrição da Produção: O trabalho é feito na tela de plástico, pode ser fazer vários formato e bordando com miçangas formando porta-guardanapo, porta-jóias, etc... A toalha de fita, faz-se um trançado de fita de cetim e se borda o macramé no barrado para finalizar. Toalha de Rosto: bordado á fita com o acabamento em macramé. Pano de Prato: pintado á mão com motivos infantis e decopagem. Caixas: pintado á mão com motivos infantis e decopagem. Jogo de banho: emborrachado pintado á mão e costurado a máquina.



20. Antônia Rita Alves de Souza

Matéria – Prima Básica: Linha, tecido, tinta, pincel, papel carbono, agulha e máquina de costura.

Descrição da Produção: O bordado é feito á mão ou aplicação na máquina de costura. Através dessa técnica faz-se belas almofadas, cochas, jogo de cozinha, jogo de banho e camisetas. Esse bordado hoje é referência em Paracatu sendo publicado no Catalágo Mineiro do SEBRAE.

21. Keite Sassaki

Matéria – Prima Básica: Aproveitamento de madeiras recicláveis, raízes das carvoeiras, cola, lixas, selador, vernizes, dobradiças e parafusos

Descrição da Produção: Através da reciclagem, o artesão dependendo do formato da madeira faz suas invenções como: arranjos de raízes, caixa de madeiras, entalham peões, tamboretes e porta facas. Também é feito um trabalho de maxeteria na madeira produzindo peças de decoração.


2.    Culinária


                     Ambrozia Assada;
                     Bolo de Domingo;
                     Empadinha de Capa fina;
                     Desmamada;
                     Cachaça feita a partir da rapadura;
                     Angu de Milho Verde com Frango;
                     Molho de Banana Madura;
                     Doce de Banana em Rodelinhas;
                     Mané Pelado;
                     Bolo de Raspa de Mandioca;
                     Pé de Moleque;
                     Queijadinha;
                     Arroz Carreteiro;
                     Culinária do São Domingos (Quilombola):
                        A atividade econômica dos moradores é a hortifruticultura. O açafrão é um produto tradicional que moradores comercializam junto á produção de frango, criação de gado leiteiro, trabalho fora da comunidade (em Paracatu e na mineradora) e trabalho coletivo nos equipamentos de beneficiamento existentes no local, engenho de cana-de-açúcar com a produção de batida de amendoim, coco de indaiá, barú, pau de mamão e temperadas com gengibre, canela e cravo, além da produção dos doces: manga, mamão, laranja da terra, limão, goiaba, caju e figo. Mantém também uma olaria que produz o tijolinho queimado. Algumas moradoras realizam atividades artesanais de chapéus de palha de coco do indaiá (côco da babaçu) bordados.



3.    Músicos


3.1 Sociedade Corporação Musical Banda Lyra Paracatuense





            Surgiu em 28 de outubro de 1962, tendo como mentores o Senhor José Araújo e Zote André, possui vinte (20) integrantes que fazem apresentações abrilhantando os eventos oficiais e culturais da cidade, participa em concursos de bandas regionais. Tem como maestro o Senhor Antônio Benedito de Castro.

Local: Rua Manoel França Campos, 211, centro
                        Fone: (38) 3671 3214








3.2 Coral Stella Maris

Entidade filantrópica sem fins lucrativos criada em 14 de junho de 1995 por um grupo de senhoras da Terceira Idade. Com o passar do tempo, ganharam adeptas mais jovens que se interessaram em fazer parte da entidade. Cantam, sobretudo, músicas de compositores paracatuenses que enaltecem a história do município, sempre em duas vozes, contralto e soprano. Atualmente vinte participantes integram o grupo, todas mulheres.



Coral Stella Maris.


3.3 Orquestra de Viola “Aedos e Violeiros”



           


Ela surgiu a partir do projeto Aedos e Violeiros desenvolvidos pelo seu idealizador Gilson Couto em parceria com a Associação dos Poetas e Violeiros de Paracatu desde o ano de 2004. O Projeto surgiu com o ideal de resgate e divulgação da música  raiz e valorização da viola caipira e seus amantes.
Aedos em grego significa declamadores, poetas, que saiam pelas ruas e praças  a recitarem seus versos e  gozavam de absoluto respeito tendo em vista que suas palavras eram consideradas verdades inquestionáveis.

Então unimos essa idéia de (aedos) poesia, declamações e verdades trazidas das folias, das estórias passadas de pais para filhos e das cantorias de cada canto e nasce a ORQUESTRA DE VIOLAS AEDOS E VIOLEIROS, que é composta atualmente por 15 membros e 02 em formação, gente de diversas profissões, mas acima de tudo amigos unidos para cantar moda e canção.
É com muito orgulho que A Orquestra de Violas “Aedos e Violeiros”, participa por quatro anos consecutivos do Encontro de Orquestras de Violas de Araxá. E passo a passo vai tocando por este mundão de Deus. Com apresentações em Araxá, Coromandel-MG, Uberlândia-MG, Urutaí-GO e em Paracatu-MG. 



3.4 Grupo Tambores de Paracatu

                        Grupo de música mantido pela Fundação Conscienciarte que tem como objetivo envolver jovens entre 14 e 24 anos de idade de comunidades carentes com a prática da percussão e também com a música afro.

            Local: Rua Goiás, 97, centro.
            Fone: 38-36712588.


3.6 Grupo de Dança Afro





                        Grupo de música mantido pela Fundação Conscienciarte que tem como objetivo envolver jovens entre 14 e 24 anos de idade de comunidades carentes com a prática da dança africana.

            Local: Rua Goiás, 97, centro.—Núcelo Histórico
            Fone: 38-36712588.


3.7 Dança do Balaio




Dança típica da Comunidade quilombola do São Domingos em Paracatu. Dança herdada dos antepassados da região que tinham o costume de se reunirem para festejar a colheita do algodão. Hoje, o grupo é composto por jovens descendentes dos antigos quilombolas.

Local: Rua Sinfrônio Rocha, 297- Bairro Santana
Fone: (38) 3671 4683
            Contato: Jurandir Dario Gouveia Damasceno.



3.8 Ballet Corpus




Companhia de Dança que organiza eventos com apresentações de diversas modalidades de dança, como ballet clássico, dança de rua, dança contemporânea, jazz, etc.
                        Local: Rua Dr. Seabra, centro-Núcleo Histórico
                        Fone: 38-36713300

3.9 Stúdio Dança



Companhia de Dança que organiza eventos na cidade para apresentação de várias modalidades de danças, do Ballet clássico à dança de rua.

4.    Grupos teatrais


4.1 Grupo de Teatro “Pés no Chão”




            Grupo de teatro mantido pela Fundação Conscienciarte que tem como objetivo envolver jovens entre 14 e 24 anos de idade de comunidades carentes, em situação de risco com a prática circense.

            Local: Rua Goiás, 97, centro- Núcleo Histórico
            Fone: 38-36712588.

5.    Manifestações religiosas, culturais e cívicas



5.1 Semana Santa





As festividades têm abertura com as procissões de “Domingo de Ramos” no mês de Abril. Quarta-feira realiza-se a Procissão do Encontro: Os homens saem da Igreja do Rosário levando a imagem do Senhor dos Passos e as mulheres da Igreja da Matriz, com a imagem de Nossa Senhora das Dores, para se encontrarem no caminho. Canto de Verônica ou Beú, uma pessoa, tipicamente vestida, representa àquela mulher que, segundo a tradição, teria enxugado o rosto de Jesus a caminho do Calvário.
Na procissão da quarta-feira santa e na sexta-feira santa a Beú canta uma ária muito dolente enquanto desenrola e mostra ao público o Sudário com o rosto de Jesus. Na quinta-feira, realiza-se a Missa de Lava Pés (o sacerdote da cidade lava os pés de 12 homens que representam os discípulos de Jesus). Na sexta-feira, pela manhã, acontece a Via Sacra Pública em vários pontos da cidade. À noite realiza-se, ao vivo, a Paixão. Vários atores representam as autoridades políticas e religiosas que atuaram na Paixão de Cristo.
A encenação começa em frente a Igreja do Rosário, depois o cortejo se dirige para o átrio da Igreja Matriz Catedral, onde é realizada a cena do Calvário, seguindo-se a Procissão do Senhor. No domingo da Ressurreição acontece a Procissão Eucarística, com a participação dos atores da paixão sendo as ruas, artisticamente, enfeitadas para a passagem da profissão.


5.2 Festa de Santa Cruz

     Acontece no dia 3 de maio em todos os cruzeiros das zonas urbana e rural com reza do terço e canto da ladainha, em latim, após serve-se o café ao pé da cruz, entregando o ramo de flor de papel aos juízes que se responsabilizarão pela festa do ano seguinte.


5.3 Trezena de Santo Antônio (Padroeiro da Cidade)



Durante treze dias, entre 1º a 13 de junho, os fiéis se reunem na Igreja da Matriz de Santo Antônio para festejar com missas e barraquinhas com comidas típicas, shows , apresentações culturais e procissão do padroeiro da cidade
           

5.4 Novena e Festa de São Benedito



 Na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos Livres, nove dias de rezas e missas com barraquinhas, comidas típicas e shows folclóricos. No período de 20 a 29 de junho, homenageia-se o santo milagreiro e protetor dos negros.
           




5.5 Hallel




É um evento que tem por finalidade evangelizadora envolvendo louvor, agradecimento, fraternidade, enfim é uma festa de alegria em que celebra o amor e a vida. O Hallel é dividido em módulos variados: atividades de palco com apresentações de bandas; capelas de confissões e do santíssimo; capela Mariana e de pregações e o Hallelzinho que é um módulo feito especialmente para as crianças, com palhaços, brincadeiras e muita música.
Local: Parque de Exposição Emiliano Pereira Botelho
Contato: (38) 3671 1501 (Diocese de Paracatu)
            Período: Junho (Segunda Quinzena)


5.6 Festa de Nossa Senhora do Carmo
Comemora-se no dia 16 de julho com procissão e novenas, com apresentações artísticas e culturais, acontece no bairro Vila Mariana.

5.7 Festa do Senhor Bom Jesus

É precedida de novena e comemora-se no dia 06 de agosto, no bairro Paracatuzinho.

5.8 Festa de Nossa Senhora d’ Abadia

E uma festa centenária. O principal objetivo deste evento é a evangelização dos fieis devotos. Por outro lado, proporciona momentos de verdadeira confraternização e diversão sadia com a presença das famílias. Acontecem apresentações culturais e números artísticos durante toda a novena, além de animadas barraquinhas com comidas típicas e outras opções, no bairro Amoreiras.

5.9 Festa de Nossa Senhora da Aparecida

As festividades em honra a Nossa Senhora Aparecida acontecem há mais de 40 anos e é celebrada no dia 12 de outubro, dia nacional de N. S. Aparecida. A cada ano ganha mais participantes que são devotos e fiéis da paróquia e de todo o munícipio. Além do enfoque religioso o evento conta ainda com apresentações culturais e números artísticos. Acontece no bairro Bela Vista

5.10 Coroação de Nossa Senhor

5.11 Caretagem

Manifestação Cultural para homenagear São João. Todo 23 de junho (véspera de São João), lá vão os 24 homens, 12 deles vestidos de mulheres, todos enfeitados com fitas, cores, guizos. Usam máscaras de papel-machê, papelão, plástico, peles de animais. Recolhem cipós que, pintados se tornam cetros. Á frente do cortejo nas ruas vão os músicos tocando acordeom, caixa, pandeiro e violão. Em volta deles uma enxurrada de meninos e as mulheres que preparam as roupas e as comidas que os recebem em cada casa aonde chegam para reverenciar o morador e recompor as energias. Cantam e dançam 24 horas sem parar.

5.12 Tapuiada
É uma manifestação cultural religiosa de origem índio-negra, rica de passos, indumentária e com uma história simples e persuasiva. De um lado, os congos, negros de uma aldeia próxima; do outro, os tapuios, índios desconfiados da existência dos vizinhos, mas sem coragem de se aproximar.
Cantam e dançam. Apresentando-se. Separam-se então aparece o espia, meninos de cinco a dez anos, acompanhado de perto pelo cacique, no trabalho de investigar o que se passava pela aldeia dos congos.
Teve sua origem em Paracatu, no povoado da Comunidade Quilombola de são Domingos, nos fins do Século XVIII, pelo Padre Domingos Simões da Cunha (que fez a música e letra, indumentária e coreografia da Manifestação Cultural Tapuiada) e realiza-se no dia 08 de setembro, em homenagem a Nossa Senhora do Amparo, protetora dos “pardos livres”.

5.13 Folia de Reis e Catira

É uma das manifestações do folclore religioso mais antigas em Paracatu de origem portuguesa.  Cavalgam por várias propriedades rurais em um movimento alusivo aos três reis magos e o nascimento de Cristo; inicia-se em dezembro e termina no dia seis de janeiro (Dia de Reis). A bandeira empunhada representa a Sagrada Família ou a visita dos Reis Magos ao “menino Deus” no presépio. É uma das festas folclóricas mais apreciadas e esperadas pelos paracatuenses.

Na chegada da folia, o dono da casa é saudado pelos foliões, que pedem “pouso”, com cantos religiosos e próprios do evento. A casa que recebe a visita da “Folia de Reis”, oferecer o jantar, pernoite, café da manhã e ás vezes o almoço, todas as refeições são com pratos típicos servidos para os foliões, acompanhantes e convidados. Os foliões após o jantar e o “cantorio” de agradecimento, geralmente dançam a catira ao som da viola, retiram-se e vão dormir em locais preparados pelos donos da casa (barracões, paióis, cômodos de arrear, etc...). Á noite acontece o “pagode” ao som da sanfona, violão e pandeiro, pois não há cama pra todos, aqueles que não continuam na festa vão dormir.

5.14 Catira



Ela acontece nas zonas rurais no meio ano, em época da festividade do Divino Espírito Santo (Região da Aldeia), e também no dia 15 de agosto – dia de Nossa Senhora da Abadia (Região do Ribeirão). Foi passada pelos antepassados negros, é uma dança tradicional com passos que bate as mãos e os pés, acompanhado com uma viola e um violão. Existem modas feitas e também improvisadas de acordo com a realidade da cidade.


5.15 Maculelê


É um bailado guerreiro de origem baiana. Trata-se de um vestígio de dança de espadas, milenar e quase universal. Cantam e dançam entrechocando as armas.



5.16 Capoeira




Expressão cultural preservada inicialmente pelos afrodescendentes, mas que hoje tem rompido qualquer forma de barreira, seja ela racial ou social. Em Paracatu, a expressão cultural é tão forte que a própria Secretaria de Esporte e Lazer tem programas específicos onde a capoeira é utilizada como forma de inserção social dos grupos de risco.


6.    Movimentos Culturais

6.1           Fundação Conscienciarte




           


                       É uma Organização Não Governamental sem fins lucrativos, criada em 1995 que trabalha com projetos voltados para área da cultura, ecologia, educação e cidadania. Promove cursos para qualificação profissional com foco em comunidades carentes. Dentro do programa cultural, inclui aulas de violão, dança afro, teatro e capacitação com oficinas audiovisual. Mantém grupos de dança e teatro.

            Local: Rua Goiás, 97, centro - Núcleo Histórico
            Fone: 38-36712588.






12.2     Instituto Cultural Fala Negra




O Instituto Fala Negra, criado em 2001, é instituição filantrópica sem fins lucrativos que atua na defesa dos afro-descendentes. Em Convênio com a Fundação Palmares e com o Ministério da Cultura, organizou o projeto “Redescobrindo os Quilombos de Minas Gerais” por meio do qual fizeram o levantamento de 86 quilombos no Estado. Ajudou a organizar as associações desses quilombos, orientando-os no pedido de reconhecimento junto à Fundação Palmares/Ministério da Cultura.
Além disso, também organizaram o 1° Encontro de Comunidades Negras Quilombolas de Minas Gerais em Belo Horizonte em 2003, de onde surgiu a Federação Mineira de Quilombolas. Organizam e organizam oficinas e seminários para essas comunidades envolvendo diversos temas, tais como saúde (anemia falciforme), questão fundiária, culinária, cultura e história, etc.
 Ajudou a organizar os cinco quilombos de Paracatu (Machadinho, Amaros, São Domingos, Porto de Pontal e Cercado) tendo como seu responsável o Senhor Jurandir Dario Gouveia Damasceno.
Local: Rua Sinfrônio Rocha, 297 - Largo do Santana - Núcleo Histórico
Fone: (38) 3671 4683








III.                              EVENTOS

1.     Cine Teatro Santo Antônio
2.     Carnafolia (Carnaval)
3.     Carnaval de Outrora
4.     Semana dos Cooperados
5.     Festas juninas
6.     Festival de quadrilha
7.     Feijoada da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)
8.     Feira da Cachaça Artesanal e Derivados da Cana de Açucar
9.     Cavalgada
10.                       Festa Agropecuária de Paracatu
11.                       Festival de Inverno da Música Brasileira em Paracatu
12.                       Olimpíada estudantil Paracatuense
13.                       Feira Literária Paracatuense
14.                      Campeonato Rural de Futebol
15.                       Desfile Cívico Militar Estudantil
16.                       Paracatu em Seresta
17.                       Mulada
18.                       Bailes Tradicionais de Paracatu
18.1   Baile das Acácias
18.2   Baile da Colheita

1.     Cine Teatro Santo Antônio

Paracatu é uma das raras cidades de interior que possui em funcionamento um cinema. O Cine Teatro Santo Antônio funciona em uma edificação tradicional, considerada um patrimônio histórico da cidade, revitalizada em 1998 para receber as instalações do cinema. Em parceria com a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo, Educação e de Cultura vem desenvolvendo há sete anos um programa que tem como objetivo popularizar o Cinema e o Teatro através de projetos pedagógicos destinados à crianças, jovens e adultos.
           
Local: Rua Alexandre Silva, 285. Centro – Núcleo Histórico
Fone: (38) 3671 1285




2.     Carnafolia (Carnaval)



São realizados shows ao longo de cinco dias de festa no Carnafolia. Há a eleição do Rei Momo e Rainha do Carnaval, desfile de blocos e escolas de samba, com premiações. O município em parceria com a Polícia Militar organizam um forte esquema de segurança para garantir a diversão do público folião.

            Local: Praça Firmina Santana
            Contato: (38) 3671 8636 (Secretaria Municipal de Esporte e Lazer)
                        Período: Fevereiro (Carnaval)


3.     Carnaval de Outrora



É realizado no Núcleo Histórico de Paracatu, com finalidade de resgatar a essência dos antigos carnavais, com exposições de fotografias de carnavais de outrora, desfile de fantasias e barracas com comidas típicas. A banda anima os foliões tocando saudosas e animadas marchinhas.

Local: Largo da Jaqueira (Ao lado da Fundação Casa de Cultura)
Contato: (38) 3672 1126 (Secretaria Municipal de Cultura)
Período: Fevereiro


4.     Semana dos Cooperados





É um evento realizado pela Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu Ltda, que promove o desenvolvimento tecnológico e educativo de seus associados, bem como a valorização e integração do homem do campo com a cidade.

Local: Parque de Exposição Emiliano Pereira Botelho.
Contato: (38) 3679 8959 (Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu Ltda)
Período: Maio


5.     Festas juninas

São festas em louvor aos Santos Juninos (Santo Antônio, São João, São Pedro, São Paulo), que ocorrem em vários pontos da cidade, e na Zona Rural com comidas típicas, barraquinhas, quadrilhas, etc. Em Paracatu comemora-se também, no dia 29 de junho, o Santo São Benedito.

6.     Festival de quadrilha




O Festival é organizado desde 2004 pelo SESC Laces Paracatu, e tem como objetivo promover entre os diversos grupos existentes de quadrilha, um momento que possa reunir e abrilhantar o trabalho desses grupos. A apresentação deve ser com música ao vivo e cada grupo com no mínimo dez pares e máximo de vinte. A idade mínima dos participantes é de treze anos.

Local: Rua Euridamas Avelino de Barros, 347, Bairro Lavrado.
                        Fone: 38-36721705
            Período: Junho.


7.     Feijoada da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)

Uma das melhores feijoadas da região, no dia do evento, duas bandas animam a festa que começa às 21 horas e termina com o sol raiar, quando a feijoada deixa de ser servida.

Local: BR 040 Km 45.
Contato: (38) 3672 6602 (APAE).
            Período: Maio





8.     Feira da Cachaça Artesanal e Derivados da Cana de Açucar




Em meio às apresentações culturais e artísticas de Paracatu, os produtores artesanais de cachaça de rapadura, fazem a exposição de seus produtos em barracas ornamentadas com decoração rústica. Pequenas doses para degustação são oferecidas para os visitantes.
            Local: Núcleo Histórico de Paracatu.
Contato: (38) 3671 9220 (Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo).
                        Período: Entre Julho e Agosto.


9.     Cavalgada



Cavaleiros e amazonas das diversas comunidades rurais organizadas de Paracatu trajando tipicamente, cavalgam pelos principais pontos da cidade, abrindo oficialmente a Exposição Agropecuária de Paracatu.

            Local: Pelas ruas da Cidade.
Contato: (38) 3679 8959 (Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu Ltda)
                        Período: Entre Junho e Agosto.


10.                       Festa Agropecuária de Paracatu



A Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu Ltda e Sindicato dos Produtores Rurais de Paracatu promovem exposição de bovinos, eqüinos, pequenos animais, máquinas e implementos agrícolas, veículos de serviço e passeio, vestuário, praça de alimentação, rodeio, parque de diversão, além de leilões diversos e apresentações de shows.

Local: Parque de Exposição Emiliano Pereira Botelho, Rua Trevinho s/n. Bairro Alvorada.
Contato: (38) 3679 8959 (Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu Ltda)
Período: Agosto








11.                       Festival de Inverno da Música Brasileira em Paracatu




Realizado pelo SESC LACES Paracatu, em parceria com a Prefeitura Municipal tem como objetivo promover a criação de música entre os brasileiros, apesar de acontecer em Paracatu, qualquer pessoa maior de idade pode se inscrever, de qualquer parte do Brasil. Inicialmente, são selecionadas por uma banca 18 músicas. Dessas, depois de apresentado ao juri e público sairão os 10 finalistas. E, dessas, o júri escolhe o 1°, 2° e 3º lugar. O prêmio em dinheiro chegou à R$ 15.000,00 reais. As músicas apresentadas devem ser inéditas. O evento acontece em Agosto.

Local: Rua Euridamas Avelino de Barros, 347, Bairro Lavrado.
                        Fone: 38-36721705
            Período: Agosto.

12.                       Olimpíada estudantil Paracatuense



É um evento esportivo onde todas as escolas públicas e privadas participam com vários atletas de diferentes modalidades.  O município em contrapartida arca com  despesas com material esportivo, alugueis de ginásios e arbitragem. Os árbitros são do município, formados em cursos ministrados pelas federações das respectivas modalidades.

            Local: Ginásios da Cidade
            Contato: (38) 3671 8636 (Secretaria Municipal de Esporte e Lazer)
                        Período: Entre os meses de Agosto e Setembro.

13.                       Feira Literária Paracatuense




            Evento promovido e organizado pelo SESC LACES de Paracatu que durante o último final de Semana de Setembro reune estudantes, comunidades de bairros e visitantes em geral na Feira que procura promover a leitura entre os paracatuenses.

Local: Rua Euridamas Avelino de Barros, 347, Bairro Lavrado.
                        Fone: 38-36721705
            Período: Setembro.

14.                      Campeonato Rural de Futebol

Competição realizada, especificamente, para moradores ou pessoas vinculadas à zona rural.  As equipes são formadas pelas associações rurais e divididas em regiões onde são disputadas as partidas. O município arca com todas as despesas da competição: premiações, transporte, arbitragem e material esportivo.

            Local: Campos de futebol espalhados pela cidade.
            Contato: (38) 3671 8636 (Secretaria Municipal de Esporte e Lazer)
                        Período: Outubro à Novembro


15.                       Desfile Cívico Militar Estudantil




O Desfile Cívico Alegórico Estudantil é realizado dia 20/10 em comemoração ao aniversário de Paracatu. Participam do desfile, toda rede de ensino, bem como, entidades e organizações do município. Cada ano é escolhido um “tema” sobre o qual os participantes realizam seus trajes e evoluções na avenida.
Todo ano Batalhões de Infantaria Motorizada da região participam do desfile, abrilhantando-o.

            Local: Avenida Olegário Maciel.
            Contato: (38) 3671 8636 (Secretaria Municipal de Esporte e Lazer)
                        Período: 20 de Outubro











16.                       Paracatu em Seresta






O SESC LACES Paracatu organiza uma vez por mês, em diversos bairros e lugares da cidade, o evento promove as antigas serestas tão presentes no passado romântico de Paracatu.
Local: Rua Euridamas Avelino de Barros, 347, Bairro Lavrado.
                        Fone: 38-36721705
            Período: Uma vez ao mês.


17.                       Mulada

            A mulada é um movimento que tem por objetivo divulgar e preservar os costumes da vida no campo. Mulheres e homens montados em mulas e burros, vestidos a caráter, desfilam pela cidade e zona rural em diversas épocas do ano, fazendo intercâmbio com as cidades vizinhas.



18.                       Bailes Tradicionais de Paracatu


18.1   Baile das Acácias

O Baile das Acácias é realizado anualmente pela Loja Maçônica de Paracatu, visando recursos para os trabalhos filantrópicos das entidades. O ambiente é de alegria e descontração.

            Local: Jóquei Clube Paracatuense
            Contato: (38) 3671 2898 (Loja Maçônica Nova Luz Paracatuense)
                        Período: segunda quinzena do mês de novembro




18.2   Baile da Colheita





O Baile da Colheita é promovido pelo Rotary Clube Paracatuense, a renda é revertida a serviço das comunidades carente. O Baile da Colheita foi criado para homenagear os agricultores em comemoração a colheita. Atualmente transformou-se no maior evento fechado do município.

Local: Jóquei Clube de Paracatu.
            Contato: (38) 3671 2800 (Rotary Clube de Paracatu)
                        Período: Junho (Data móvel).



PARACATU É ASSIM...
                                               Maria Aparecida ‘Cidinha’ de Freitas Neiva

AQUI QUEM CHEGA E QUE DA SUA ÁGUA BEBA,
QUER SEMPRE VOLTAR!
CIDADE DE MIL ENCANTOS!
POR TODOS OS LUGARES QUE ANDE,
TEM UM ARTISTA POR LÁ.

DE NATUREZA EXUBERANTE
POVO CULTO DE FINO TRATO
GOSTO APURADO
CULINÁRIA RICA E FARTA.
MISCIGENAÇÃO.
JÓIA LAPIDADA PELO CRIADOR!

ARTESANATO “ARTE DE PRIMEIRA GRANDEZA”
MANIFESTAÇÃO INDIVIDUAL,
NO COLETIVO, ALMA DO POVO!
MÁGICA NAS ENTRELINHAS DO ESCRITOR.
 
CIDADE FORMOSA E FACEIRA
OUTRO IGUAL NÃO HÁ.
 O ARTESANATO QUE AQUI TEM,
 NÃO EXISTE EM OUTRO LUGAR!